EsQUIZOFRENIA

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Até o momento conceituar a esquizofrenia é uma tarefa complexa. Pois a ciência se depara com muitas questões que ainda não são totalmente compreendidas em relação a essa patologia. Sabe-se que a esquizofrenia é uma patologia com proporção genética, neurodesenvolvimental, que ocorre em todas as raças, culturas, classes sociais e em ambos os sexos.

O que causaria a esquizofrenia?
Sugere-se que seria necessária uma interação de múltiplos fatores, incluindo principalmente os fatores genéticos e ambientais, onde essas interações ocorreriam em um determinado momento para aquela determinada pessoa. Até o momento o diagnostico de esquizofrenia é puramente clínico, baseia-se na fenomenologia e não na etiologia ou fisiopatologia. Sendo assim é de primordial importância que a pessoa seja assistida por um profissional capacitado tecnicamente, afim de diagnosticar corretamente e oferecer a melhor abordagem possível de tratamento.
É importante abordar que em muitos casos, torna-se necessário um suporte familiar, pois é primordial que os familiares entendam o quadro patológico do paciente e também sintam-se acolhidos, pois assim terão maior capacidade de ajudar em seu tratamento.

Sintomas:
Inúmeros sintomas são descritos a cada momento pelo meio científico, entretanto vamos citar alguns sintomas básicos , porem de grande importância clinica .

- Delírio (crença infundada e irremovível)
- Alucinação (alteração da sensopercepção)
- Alogia (pobreza do conteúdo da fala)
- Diminuição da Motivação
- Retraimento Social
- Desorganização (Pensamento e/ou Comportamento desorganizado, desconexo)
- Alteração Cognitiva (alteração da memória, atenção e funções executivas ex: deficts da função escolar e social)
- Afeto Inapropriado
- Depressão
- Ideação Suicida
- Agressividade

Citaremos abaixo sucintamente os principais subtipos de esquizofrenia de acordo o Manual da Organização Mundial de Saúde para Transtornos Mentais:

Esquizofrenia paranóide
A esquizofrenia paranóide se caracteriza essencialmente pela presença de idéias delirantes relativamente estáveis, freqüentemente de perseguição, em geral acompanhadas de alucinações, particularmente auditivas e de perturbações das percepções. As perturbações do afeto, da vontade, da linguagem e os sintomas catatônicos, estão ausentes, ou são relativamente discretos.
Esquizofrenia parafrênica

Esquizofrenia hebefrênica
Forma de esquizofrenia caracterizada pela presença proeminente de uma perturbação dos afetos; as idéias delirantes e as alucinações são fugazes e fragmentárias, o comportamento é irresponsável e imprevisível; existem freqüentemente maneirismos. O afeto é superficial e inapropriado. O pensamento é desorganizado e o discurso incoerente. Há uma tendência ao isolamento social. Geralmente o prognóstico é desfavorável devido ao rápido desenvolvimento de sintomas "negativos", particularmente um embotamento do afeto e perda da volição. A hebefrenia deveria normalmente ser somente diagnosticada em adolescentes e em adultos jovens.

Esquizofrenia catatônica
A esquizofrenia catatônica é dominada por distúrbios psicomotores proeminentes que podem alternar entre extremos tais como hipercinesia e estupor, ou entre a obediência automática e o negativismo. Atitudes e posturas a que os pacientes foram compelidos a tomar podem ser mantidas por longos períodos. Um padrão marcante da afecção pode ser constituído por episódios de excitação violenta. O fenômeno catatônico pode estar combinado com um estado oniróide com alucinações cênicas vívidas.

Esquizofrenia indiferenciada
Afecções psicóticas que preenchem os critérios diagnósticos gerais para a esquizofrenia mas que não correspondem a nenhum dos subtipos incluídos em F20.0-F20.2, ou que exibam padrões de mais de um deles sem uma clara predominância de um conjunto particular de características diagnósticas.

Esquizofrenia atípica

Depressão pós-esquizofrênica
Episódio depressivo eventualmente prolongado que ocorre ao fim de uma afecção esquizofrênica. Ao menos alguns sintomas esquizofrênicos "positivos" ou "negativos" devem ainda estar presentes mas não dominam mais o quadro clínico. Este tipo de estado depressivo se acompanha de um maior risco de suicídio. Se o paciente não apresenta mais nenhum sintoma esquizofrênico, deve-se fazer um diagnóstico de episódio depressivo (F32.-). Se os sintomas esquizofrênicos ainda são aparentes e proeminentes, deve-se manter o diagnóstico da forma clínica apropriada da esquizofrenia

Esquizofrenia residual
Estádio crônico da evolução de uma doença esquizofrênica, com uma progressão nítida de um estádio precoce para um estádio tardio, o qual se caracteriza pela presença persistente de sintomas "negativos" embora não forçosamente irreversíveis, tais como lentidão psicomotora; hipoatividade; embotamento afetivo; passividade e falta de iniciativa; pobreza da quantidade e do conteúdo do discurso; pouca comunicação não-verbal (expressão facial, contato ocular, modulação da voz e gestos), falta de cuidados pessoais e desempenho social medíocre.

Esquizofrenia simples
Transtorno caracterizado pela ocorrência insidiosa e progressiva de excentricidade de comportamento, incapacidade de responder às exigências da sociedade, e um declínio global do desempenho. Os padrões negativos característicos da esquizofrenia residual (por exemplo: embotamento do afeto e perda da volição) se desenvolvem sem serem precedidos por quaisquer sintomas psicóticos manifestos.

Outras esquizofrenias
Ataque esquizofreniforme
Esquizofrenia cenestopática
Psicose esquizofreniforme
Transtorno esquizofreniforme

Esquizofrenia não especificada

Fonte:
Classificação de Transtornos Mentais e de
Comportamento da CID 10.